Autor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo, diretor da Editora EME

Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade - Albert Einstein

Todos que habitam esse planeta azul já viajaram por muitas estações e curtiram muitas primaveras em muitas terras distantes.

Muitas vezes as angústias e ansiedades que sentimos são do nosso passado de outras migrações de nossas almas, onde já tivemos experiências com diversos pais, irmãos e cônjuges, e agora estamos aqui buscando nossa redenção, que não é fácil. Eu digo para mim mesmo que tenho que aprender não só do meu jeito, mas, principalmente, com aqueles que estão caminhando comigo.

Dificuldades são sempre lições que devemos aceitar com resignação e serenidade. Aceitar as oportunidades, não reclamando do que deixamos passar, e agradecendo pelo que temos, porque muitas vezes reclamamos muito do que não temos e não valorizamos o que temos. Muitos trocariam sua riqueza pela saúde, pela sobrevida, para estar com aqueles que amaram, mas não souberam corresponder.

Tudo tem um custo. O médico espiritual André Luiz, que sofreu bastante na passagem da Terra para o céu (1ª. faixa espiritual – ou umbral), depois de entrar em recuperação e fazer estágios com diversos médicos, voltou à Terra para escrever instrutivas obras, como essa No mundo maior, pela psicografia de Chico Xavier, que diz: “Ocorrências extraordinárias e desconhecidas ocupam a vida em todos os recantos, mas a elevação condiciona fervorosa procura. Ninguém receberá as bênçãos da colheita sem o suor da sementeira”.

Numa edição da Revista Espírita do ano de 1860, na página 130, o professor Kardec registra uma mensagem recebida na França, pelo médium senhor Colin, onde está dito “que os espíritos, por mais elevados que sejam, não sabem tudo; só Deus o sabe. Além disso, de tudo quanto sabem, nem tudo podem revelar”.

É como aluno infantil a quem nem tudo pode ser dito sobre coisas dos alunos de cursos mais adiantados ou superiores. Por exemplo, as crianças vêm perguntar como são gerados os bebês, como é feita a cesariana etc. É preciso calma nessa hora, e uma técnica para não falar o que não se deve e não antecipar coisas que com o tempo irão conhecer.

Jésus Gonçalves, a princípio, nada sabia de como seria a vida do jovem de Borebi-SP, nascido em 1902, órfão de mãe aos 3 anos, sendo seu pai um humilde lavrador. Aos 14 anos empregou-se como trabalhador braçal, começou a aprender música e junto com amigos animava as quermesses e bailes com a “Bandinha de Borebi”.

Aos 17 anos mudou-se para Bauru, nem terminou o Ginásio. Casou-se aos 20 anos com Theodomira, viúva com 2 filhas, e ainda tiveram mais 4 filhos. Nessa época trabalhava como tesoureiro da Prefeitura. Em seguida sua esposa desencarna, vítima da tuberculose, deixando-o com 6 crianças. Jésus Gonçalves desenvolve a lepra em agosto de 1933. O Serviço Sanitário recolhe-o, internando-o no Asilo-Colônia Aymorés e depois no Hospital de Pirapitingui (Itu-SP). Fundou ali, além da "Jazz Band", a Rádio Clube de Pirapitingui (existente até hoje) e um jornal interno, o "Nosso Jornal", além de um Centro Espírita.

Após sua desencarnação, em 1947, Chico Xavier, que o conhecia, recebeu seu espírito, que irradiava luz pelas mãos, dedos e rosto. O médium indaga: “por que essa parte tinha mais luz que todo o corpo?” “Chico, foi onde a dor foi maior e mais dano me causou, e eu ganhei luz”.


A vida de Chico Xavier

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