Fonte: Viva Luz - Por: Sandra Carneiro

Tudo o que somos, aprendemos e realizamos, todos os nossos sentimentos, aquilo, enfim, que compõem nossa individualidade, nos acompanha para sempre, mesmo depois de deixarmos o corpo físico.

Nossas experiências, que constroem nossa memória, não residem no cérebro, em nosso corpo físico, mas sim em nossa consciência, em nossa mente, em nosso ser espiritual, por isso podemos afirmar que vivemos pela eternidade. 

Apesar de a ciência ainda relutar em aceitar plenamente a natureza espiritual do ser humano, muitos médicos, cientistas e pesquisadores já deixam claro sua opinião sobre a existência do espírito e a continuidade da vida após a morte.

Um exemplo disso são as conclusões da pesquisa realizada pelo cardiologista holandês Pim van Lommel. Ele compilou entrevistas com pacientes que ‘passaram para o lado de lá’ e voltaram. A experiência foi publicada na respeitada revista médica inglesa The Lancet. As conclusões a que o estudo chegou são consideradas, no mínimo, impressionantes.

O cardiologista entrevistou 344 pacientes de dez hospitais da Holanda que tinham sido considerados clinicamente mortos – condição estabelecida a partir de um eletrocardiograma. Para os médicos, uma pessoa é considerada clinicamente morta quando o cérebro não recebe suprimento suficiente de sangue, como resultado de falta de circulação, oxigenação ou de ambos. Nesses casos, se não forem realizadas tentativas de ressuscitação em um prazo de cinco a dez minutos, os danos cerebrais tornam-se irreparáveis e não há como sobreviver. Dos pacientes entrevistados, 62, ou 18%, disseram ter passado por uma experiência que os estudiosos chamam de quase-morte. Os outros 282 não se lembravam de coisa alguma do período em que estiveram inconscientes.

Nos casos de lembrança, as pessoas relatam diversos tipos de visões. As mais comuns são: sensações de se ver fora do corpo, a percepção de uma luz em um túnel escuro, o encontro com amigos e parentes queridos já mortos e a revisão da própria vida em flashback.

Espiritismo: certeza da imortalidade e eternidade
Allan Kardec, na questão 83 de O livro dos Espíritos, deixa explícito os ensinos dos espíritos superiores: “o espírito não tem fim”. E na questão 82 deixa clara a natureza dos espíritos, quando diz que “o espírito é constituído de matéria quintessenciada e tão etérea que não pode ser percebida pelos vossos sentidos”.

A cada dia que passa a ciência caminha para comprovar de modo inequívoco aquilo que o Espiritismo já tem como um de seus pilares: a existência do espírito e a continuidade da vida após a morte, com a consciência e individualidade que nos caracteriza.

Nossas lembranças, nossas memórias, as pessoas que amamos, aquilo que somos e o que desejamos ser ou fazer, continuam fazendo parte de nós depois que deixamos a existência terrena por toda a eternidade.

A literatura espírita oferece estudos de grande seriedade sobre o tema, proporcionando ampla compreensão de nossa natureza espiritual e da vida nas diferentes dimensões. Podemos ressaltar alguns livros espíritas de Chico Xavier, como E a vida continua, e Nosso Lar. Neles aprendemos como lidar com a realidade de um mundo que ainda não conseguimos perceber com nossos cinco sentidos.

Nós não dizemos adeus, apenas até breve
Apesar da dor profunda, do luto natural experimentado no momento em que temos de nos separar temporariamente das pessoas que amamos, ajuda lembrar que somos imortais. Aquele que vai também sofre a dor da separação. Ele entra em uma nova experiência e muitas vezes é recebido por parentes que o antecederam na grande viagem, ou por outras pessoas queridas, muitas até que ele não conhece em um primeiro momento, e vai lembrar mais tarde. Por isso aqueles que compreenderam a natureza espiritual do homem sabem que nós não dizemos adeus, apenas até breve. Quando uma pessoa querida parte, a história dela não acabou, nem a nossa história com ela; está apenas interrompida. Quem sabe para uma reedição, um descanso que a alma precisa, ou um novo aprendizado necessário? Deus, a inteligência suprema que rege o universo através de suas leis perfeitas, quer sempre o bem, o melhor para todos os elementos de sua criação. Seu amor incondicional por tudo e por todos, nos convida a refletir que estamos conectados, ligados, mesmo entre diferentes dimensões do universo.

Amor, o maior patrimônio do espírito
Somos espíritos temporariamente em um corpo material, peregrinos na Terra – escola para o crescimento do espírito imortal. Um dia, cedo ou tarde, retornaremos para o lar verdadeiro, o mundo dos espíritos e lá, nos prepararemos para uma futura reencarnação. O início de uma nova etapa de aprendizado pela eternidade.

Estamos aqui para contribuir com a imensa obra do Criador. Fazemos parte da natureza, e cada ser na Natureza tem sua utilidade. Você é insubstituível, pois a tarefa que é sua, ninguém poderá realizar. Cabe a cada um fazer de sua jornada um tempo de paz e equilíbrio, para que tenha o maior desenvolvimento possível, que representa em sumo, expandir o amor em si e à sua volta.

Completemos o nosso destino realizando tudo que viemos fazer na Terra e quando reencontrarmos aqueles que amamos e que esperam por nós, livres do corpo denso e torcendo pelo nosso êxito, poderemos recomeçar nossa história com eles levando nosso amor e nossas conquistas pela eternidade.

Acredite, a vida continua. Fomos criados para ser imortais e tudo o que construímos de bom dentro de nós, através de nossas escolhas e experiências, permanecerá para sempre.

 


A vida de Chico Xavier

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