Por: Aloísio Silva
Com base na bíblia o movimento Católico e Protestante conta o dízimo dos partícipes das suas Congregações.
Nós os espíritas achamos absurda esta cobrança, por outro lado deixamos as nossas instituições com dificuldades financeiras, pois dinheiro não cai do céu.
Alguns de nós achamos que por fazer palestras, trabalhar em reunião mediúnica, aplicar passes etc não precisamos contribuir financeiramente com a instituição que nos congrega.
No auge da nossa vaidade do nosso narcisismo achamos que prestamos serviços imprescindíveis e que ao invés de contribuir deveríamos receber e por isso nos recusamos a contribuir como sócios, e pior ainda, é fazermos de conta que não percebemos que as despesas existem.
Na verdade a situação é inversa, a Instituição Espírita nos presta serviço na reforma íntima.
O que realizamos são tarefas essencialmente religiosas e voluntárias.
Ou seja a relação continua a mesma, somos nós quem recebemos mais, muito mais, do que doamos.
As mensalidades, contribuições são para pagar água, luz, material de limpeza, manutenção, aluguel, alarme, etc. Ou será que os espíritos pagam por nós?
Quando estudo, assisto palestra, participo de uma reunião mediúnica, gasto luz, água, esgoto, alarme, sujo o ambiente, para pagar isso precisamos de dinheiro.
O trabalho Espírita sempre será voluntário.
Viajo o mundo inteiro já fiz palestras em Casas Espíritas fora do Brasil que você paga para entrar e assistir a palestra, nesses locais o aluguel e muito caro. Quem somos nós para questionar tal decisão. Manter uma Instituição com aluguel caro não é fácil.
O ano passado vimos uma Casa Espírita fechar as portas porque o presidente ficou desempregado e não pode pagar os alugueis. Isso é justo? Temos escorpião no bolso? Assim fica fácil condenar quem paga dízimo e comodo para nós.
Se desconfiamos do processo financeiro da Instituição cobremos o relatório financeiro mensal no mural. Usar como desculpa para deixar na costas alheias os gastos que fazemos não é justo.
Gostamos de Bons palestrantes na Tribuna Espírita, mas para isso teremos que custear o deslocamento do palestrante. De onde sairá este dinheiro?
