Por: Wellington Balbo - Imagem: Pixabay
Um amigo me contou a história de dona Margarida, que por conta de uma razão qualquer um dia chegou à casa espírita.
Encantou-se. Meteu a cara nos livros e arregaçou as mangas do coração.
Como na vida nem tudo são flores, as idas ao centro espírita fizeram o marido, "Seu Antônio", torcer o nariz.
Sempre que ela saía para os trabalhos espíritas, "Seu Antônio" provocava:
"Já está indo tocar tambor?"
Porém, "Seu Antônio" começou a notar uma intrigante mudança no comportamento da esposa.
Estava mais paciente, carinhosa, parecia outra mulher...
Resolveu parar de provocar a mulher em suas saídas para o centro... Pragmático, pensou: "Vai que ela se irrita e volta a ser o que era!"
E a coisa no lar só melhorava, ambiente mais "leve", dava até pra dialogar, coisa que não ocorria há bons anos.
Um dia "Seu Antônio" decidiu acompanhar a mulher ao tal centro espírita.
Recebido carinhosamente pelas pessoas, estranhou... para certificar -se da verdade retornaria na próxima semana.
Foi, gostou, retornou na seguinte, na seguinte e seguinte...
Quando deu por si já estava estudando Kardec e trabalhando na casa espírita, doutrina que passou a apreciar intensamente.
Mas como tudo na vida nem sempre é pudim de coco, desencarnou após 3 anos de vínculos com o Espiritismo e algumas boas mudanças no comportamento.
Diante da história de "Seu Antônio e dona Margarida" fiquei a pensar naquela frase (parece que nem é bem assim) atribuída a Emmanuel, de que a maior caridade que se faz ao Espiritismo é sua divulgação.
Num lampejo de ousadia, peço licença a Chico e Emmanuel, que certamente não se chatearão, para mudar um pouco a frase e assim deixá-la:
A maior caridade que se faz ao Espiritismo é mudança no comportamento.