Por: Eduardo Rossatto

Destino é, nas palavras de André Luiz em "A vida continua", a soma dos nossos próprios atos. Na doutrina espírita, esta palavra é raramente usada, pois ela denota passividade e o espírito é sempre senhor do seu destino através do que chamamos de "livre-arbítrio".

Segundo a questão 872 do "Livro dos Espíritos", livre-arbítrio é a liberdade do espírito em fazer a escolha da existência e das provas (quando ainda desencarnado) e a faculdade de ceder ou de resistir aos arrastamentos a que todos nós somos submetidos (quando encarnado). Há muitas fontes nas quais podemos estudar sobre o assunto, como o excelente capítulo 3 da Terceira Parte de "O Espírito e o Tempo" de J. Herculano Pires, mas vamos focar nas questões 843 até 872 do "Livro dos Espíritos".

Ainda que a nossa programação reencarnatória já esteja escrita no que diz respeito ao fatalismo (provas físicas: doenças, deficiências físicas e mentais), é o determinismo (provais morais, onde há o livre-arbítrio) que nos fornece a possibilidade de mudar o que muitos chamam de "destino", seja pela mudança de atitude ou pelo simples ato do amor, já que ele realmente cobre uma multidão de pecados.

Erros são perdoados, dívidas amenizadas, obsessões desfeitas; tudo pela nossa boa vontade de tomar uma atitude e mudar o rumo das nossas vidas.

Lembre-se de que as oportunidades nos são dadas pela Espiritualidade, mas cabe à nós decidir o que fazer com elas. Uma pessoa pode nascer cega (fatalismo), mas escolhe (determinismo) ceder a tentação de "vitimismo" e estudar e trabalhar, vivendo assim uma existência plena. O ser humano pode nascer em uma comunidade pobre e violenta, mas sempre terá a escolha de seguir uma vida no crime ou então ter uma existência pacífica e correta.

Por essa razão, opte pelo que é certo: trabalho digno, amizades enriquecedoras, leituras edificantes, caridade sem limite, amor incondicional.

Pois sempre é tempo de renovação do "destino"; cada hora é uma nova oportunidade de mudança para melhor. Então, use bem o livre-arbítrio a fim de aproveitar os recursos infindáveis da Espiritualidade Superior para criar uma vida mais fácil e feliz para você.

Há o fatalismo, pois concordamos com uma programação reencarnatória; porém, o determinismo nos dá a liberdade da escolha.

É exatamente por causa desta possibilidade de escolha que somos co-autores dos nossos "destinos".


A vida de Chico Xavier

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