Fonte: Fero Br - Por: Jorge Elarrat

Esta semana, no último capítulo da novela “A Lei do Amor”, a vilã da trama, Magnólia, após tantos crimes e maldades, cometeu suicídio para não se entregar à polícia, para não encontrar as consequências de seus atos, na crença de que a morte fosse o fim de tudo.

Muitos pensam assim... Muitos pensam que a vida é apenas o que experimentamos fisicamente e que a alma não existe. Por este raciocínio, falências, desenganos, fracassos, abandonos e doenças justificariam tal atitude.

O Espiritismo, porém, doutrina espiritualista, por natureza, nos afirma que outras opções devem ser buscadas para a solução de nossos dramas, mesmo nos casos mais graves. 

Diz o Espiritismo que, além do corpo físico, há o Espírito, que sobrevive à morte, encontrando as consequências de nossas condutas, as quais produzem sofrimento, quando distantes do Bem, e a reencarnação seria a forma de corrigir os erros passados, aliviando as culpas e dores.

Assim, a existência humana seria a grande oportunidade para o crescimento do Espírito porque lhe oportuniza vencer suas imperfeições, quando age acertadamente ao reviver os mesmos dramas já passados. Mas alguns de nós, quando nos reencontramos com as situações que precisamos para crescer, acabamos por não saber superá-las e o pânico, tomando conta de nós, nos oferece uma opção infeliz, chamada suicídio que, ao invés de resolver os nossos problemas, finda por aprofundá-los.

Pressionado, em si mesmo, por não ter solucionado seus dramas e agravado por ter fugido da grande oportunidade, o Espírito finda por se impor a uma situação ainda pior, porque a morte, de fato, não existe, então, a culpa se faz ainda mais forte.

Seja a doença incurável, o amor que nos traiu, a falência que bate à porta, a vergonha que nos destruiu, a dor da inaceitação ou o desencanto com a vida, nada justifica o suicídio. É preciso descobrir a beleza de existir, muitas vezes exigindo que se desate os nós com que nós mesmos nos prendemos e, assim, inaugurarmos uma vida nova.

Nos casos graves de depressão, a atenção dos familiares, amigos e cuidadores deve ser redobrada, porque esta grave doença, ao nos levar a alegria de viver, pode nos roubar também o sentido da vida.

Magnólia, na novela, pode ter escapado das grades da cadeia física, mas jamais escapará da prisão íntima, imposta pela consciência, que lhe apontará um longo caminho, até a libertação.

O mais belo de tudo é que, apesar de todos esses dramas, Deus, soberano, pairando acima de todas as coisas, concederá o tempo que for preciso para que cada um aprenda o caminho para a verdadeira felicidade, porque muito maior do que todas as faltas que possamos cometer é o Amor de Deus.

 


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