Fonte: Jornal Espaço Espírita - Por: Olinda Zacharia
As doenças psicossomáticas são antigas.
No entanto, o termo é novo para a população, pois nunca se tem falado tanto sobre isso. E também estamos vivendo uma época em que uma grande população está acometida dessas doenças. Mas alguns ainda guardam a ideia errônea de que são pura simulação ou hipocondria. Nada disso!
A cada dia surgem mais e mais evidências de que corpo e alma estão tão estreitamente ligados que aquilo que afeta um, acaba afetando também o outro. Joanna de Ângelis, em seu livro Plenitude, psicografado pelo médium espírita Divaldo Pereira Franco, inclui as doenças como um dos tipos de sofrimentos físicos, e faz uma análise profunda onde nossas paixões e conflitos geram a desarmonia das defesas orgânicas, as quais cedem a invasão de micróbios e vírus que lhes destroem a imunidade.
Importante saber que se mudarmos a maneira de viver ou de simplesmente “ver” a vida, estaremos eliminando muitos fatores de risco das doenças. Doenças psicossomáticas são aquelas que apresentam sintomas reais no corpo, mas cuja origem está no psiquismo, ou seja, no conjunto mente e sentimentos.
Popularmente se diz: “quando você acha e sente que tem uma doença que não existe”. É também em Plenitude que Joanna de Ângelis nos diz: “A doença, todavia, é resultado do desequilíbrio energético do corpo, em razão da fragilidade emocional do Espírito que o aciona”. E ainda diz mais: “os medicamentos matam os invasores (vírus e bactérias), mas não restituem o equilíbrio como se deseja, se a fonte conservadora não irradia a força que sustenta o corpo. (…) Com a morte dos micróbios, a pessoa parece recuperada, ressurgindo, porém, a situação, em outro quadro patológico mais tarde”.
Podemos pontuar dois tipos de Doenças Psicossomáticas: aquelas de conversão psíquica, que são sintomas orgânicos que nenhum tipo de exame pode identificar, e a somatização propriamente dita, que é quando a energia psíquica foi descarregada no corpo levando a formação de uma ou mais lesões diagnosticáveis em exames e até em raio-X. Essas doenças são, na verdade, válvula de escape para sentimentos e emoções que o indivíduo não consegue lidar.
Importante prestarmos atenção ao nosso corpo, casos de gripes e resfriados constantes ou alergias respiratórias (rinite, asma), até mesmos problemas de pele, ou dores musculares e ou articulares, enfim toda espécie de sintomas físicos. Verificar se não ocorrem após brigas, sustos, grandes períodos de trabalho sem descanso ou com muita pressão ambiental, se quando se encontra em harmonia e equilíbrio emocional as doenças também se apresentam. Dores de cabeça ou nas costas, pernas e ou braços sem justificativa orgânica para as mesmas, e geralmente após algum fato significativo na vida.
Os estados de tranquilidade, equilíbrio, boa autoestima e valorização da própria vida – sem a negação da doença – são muito favoráveis acerca de sua vida. Quando você se permite parar e refletir acerca de sua vida, suas posturas e seus valores, está usando a doença a seu favor, ou seja, aproveitando-a como uma oportunidade de aprendizagem e reflexão. Joanna de Ângelis nos indica: educação dos pensamentos, disciplina dos hábitos e segurança das metas para evitarmos nos lograr.
Muitas vezes, é necessário consultar um profissional na área psicológica para ajudar nessa reflexão, pois nestes momentos de crise, é bastante difícil termos discernimento para concluirmos solitariamente. O estudo em grupo também é grande ferramenta coadjuvante de uma vida saudável.
(*) Olinda Zacharia, a Lili, é psicóloga e terapeuta. Atua em Joinville e é uma das mais tradicionais colunistas do Jornal Espaço Espírita, no qual assina a coluna Espaço Terapêutico. Texto publicado originalmente no Jornal
Espaço Espírita número 22