Por: Rita Ramos Cordeiro

Edgard Antonio Nogueira Gonçalves, tem 70 anos, é nascido em Quatá, oeste do Estado de São Paulo, e reside atualmente em Vinhedo - SP

É casado, com Henriete Cortez Gonçalves, e tem cinco filhos e onze netos.

Sua profissão é de Auditor, contador, assessor de empresa com formação em Ciências Contábeis e Assessoria Financeira, atua em assessoria empresarial com ênfase na área financeira.

Edgard é palestrante e presidente do Centro Espírita Allan Kardec de Vinhedo e estará participando do Seminário “Jesus, Carta Viva da Caridade, do perdão e da Fé”, a ser realizado em Itu – SP, dia 27.10, com o tema “Perdão”,  e concedeu uma entrevista exclusiva para o site do Instituto Chico Xavier.

1. Como iniciou no Espiritismo e há quanto tempo?
Iniciei na Doutrina frequentando a Coligação Espirita Progressista a partir de 1990, onde fui discípulo de Rino Curti. Buscava conhecimento, entusiasmado pela minha esposa, que nessa época já estava há cinco anos na Coligação.

2. Qual a Casa Espírita que se vincula e qual a colaboração que presta na Casa?
Hoje faço parte do corpo dirigente do CE Allan Kardec de Vinhedo, como Presidente e também atuo como palestrante.

3. Você publicou um livro sobre o perdão. Nos conte um pouco sobre este projeto.
O assunto perdão vem sendo objeto de pesquisa e estudo há pelo menos cinco anos. As palestras e seminários dados permitiram a redação e publicação de um livreto básico para as atividades desenvolvidas. Embora, em cada oportunidade algumas particularidades sejam acrescentadas, o livreto continua a base.

4. Porque as pessoas têm tanta dificuldade em perdoar?
É difícil perdoar porque criamos um vínculo entre o feito que consideramos agressivo e a dor sentida, e não nos propomos rompê-lo, porque acreditamos que com isso estaríamos premiando o autor do mal.  Em princípio o perdão é esse rompimento

5. O que é perdão das ofensas?
Entendemos ofensas como algo que fazem contra nós, agressão física e moral, palavras e atos que nos denigrem, que nos causam dor ou sofrimento, sempre alguma coisa pessoal.

A prática constante do perdão, da doutrina do perdão, faz com que sequer nos sintamos ofendidos. Diria que essa prática constante fará com que ele não seja mais necessário, porque não haverá motivo para perdoar, por que como disse não nos sentiremos ofendidos. Perdoar é sinônimo de amar. Não se pode amar, amar ao próximo como quer nosso Pai Criador, sem perdoá-lo.

6. O perdão implica o esquecimento das ofensas?
Não nos leva esquecer o mal recebido, apenas a reduzir seu efeito, a importância da dor sentida, a ponto de não senti-la mais.

Assim, poderemos lembrar que um dia, em determinada circunstância, determinada pessoa ou grupo, nos causou isso ou aquilo e que isso nos fez sofrer, mas é só um registro, não sentimos mais. Então, nesse sentido poderemos dizer que perdoando esquecemos as ofensas.

7. O que precisamos fazer para conviver em paz com nossos semelhantes, sem mágoas e ressentimentos?
Aprendendo a perdoar, no mais das vezes conviveremos com nossos ofensores sem qualquer ressentimento. Até poderemos nos relacionar como antes, principalmente se forem pessoas muito próximas e por quem tivemos amor e carinho.

Se não voltarmos a depositar a mesma confiança não há problema, estruturaremos a nova relação sobre outras bases de sentimentos.

Eu particularmente acredito que reduzindo nossas ambições materiais, contendo nosso orgulho e egoísmo, e principalmente aceitando as pessoas como são, viveremos muito melhor.

8. Como podemos adquirir a Paz Interior?
Se perdoar é uma difícil ação pessoal, sermos perdoados pelo que fizemos, pelo que ofendemos, pelo que prejudicamos talvez até sem qualquer intenção de fazê-lo, tem igual valor e tem que ser buscado muitas vezes com esforço até maior.

Mas, ainda não termina aí. Teremos que nos perdoar. Porque sem isso não haverá a tão almejada paz de espírito. Erramos e carregamos remorso. Podemos até corrigir, recompensar de alguma forma quem ofendemos, mas temos que nos perdoar, só o arrependimento não nos alivia o remorso.

Perdoamos, somos perdoados, por nós mesmos, pelos nossos irmãos, adversários e quem sabe até por nossos inimigos, mas ainda resta o perdão de Deus. Muitas vezes precisamos sentir que fomos por Ele perdoados.


A vida de Chico Xavier

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