FONTE: Revista Cristã de Espiritismo

“Qual é a missão do Espírito protetor?
- A de um pai sobre seus filhos: guiar seu protegido no bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolar suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida.

É aí que temos de tomar cuidado para não interpretarmos mal. O conceito de um Deus-pai, tão fortemente arraigado na cultura e religiosidade ocidental, também aparece na obra kardequiana, devido à influência que a moral cristã tem sobre a obra.

A ideia de pai, aqui, se refere ao sentimento de carinho e, ao mesmo tempo, à postura de quem tem mais experiência para os auxiliares. Mas, se relermos a resposta atentamente, veremos que em nenhum momento diz que uma missão dos espíritos protetores é a de:
“fazer tudo pelo sucesso financeiro, amoroso, etc. do protegido; protegê-lo de todas as encrencas em que ele mesmo se mete; aceitar a culpa pelos desequilíbrios psicoemocionais do protegido; livrá-lo dos vícios que ele mesmo faz questão de manter; dizer o que deve fazer na vida, acabando com o livre-arbítrio do protegido; fazer as escolhas que competir ao encarnado fazer, eximindo-o de toda responsabilidade e, consequentemente, de todo aprendizado; etc. ”

Na questão 495, lemos:
“O Espírito protetor abandona alguma vezes seu protegido quando este é rebelde aos seus conselhos?
- Ele se afasta quando vê seus conselhos inúteis, e que deseja sofrer a influência dos Espíritos inferiores é mais forte. Todavia, não o abandona completamente, e se faz sempre ouvir, sendo, então, o homem que fecha os ouvidos. Ele retorna, desde que chamado. (...) ”

Como podemos ver, as escolhas - boas ou ruínas - são sempre nossas. Por mais que um guia espiritual pode te inspirar, por mais que um assediador pode te induzir ou um obsessor te prejudicar, é sempre que fazemos as escolhas, porque espírito algum tem poder para lhe tirar o livre-arbítrio.

Tem gente que se pergunta:
“Puxa! Por que 'meu' guia espiritual me deixou entrar nessa roubada ... ”
Pois é! Talvez algum benfeitor espiritual tenha tentado te inspirar; possivelmente, sua própria consciência tenha como deveria agir ... mas, seus vícios, fraquezas, comodismo, vaidade, egoísmo, raiva, mágoa, etc. foram mais fortes do que a voz do seu querido “anjo da guarda”.

Lembre-se: semelhante atrai semelhante. Se você quer tanto desfrutar a presença dos benfeitores espirituais, seja em determinados momentos do dia (ninguém está à nossa disposição o tempo todo) ou durante a emancipação da alma (viagem astral), procure estar em sintonia psicoemocional com eles.

Caso contrário, eles até estar ao seu lado, mas você não reconhecerá a presença deles. E isso pode ocorrer após a morte do corpo físico também.
O fato de estar desencarnado não significa que você pode interagir com seu guia espiritual, se não estiver na mesma sintonia e receptivo à presença dele.

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo


A vida de Chico Xavier

Informativo do Clube do Livro

Digite seu nome

Digite seu email

Invalid Input

Captcha
Invalid Input