Se teu irmão cometer alguma falta contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele. Se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te ouvir, toma contigo uma ou duas outras pessoas para que toda a questão se decida pela palavra de duas ou três testemunhas. (Mateus 18:15-16)

É fácil a convivência entre os membros de uma família? Por mais cristã seja ela, sempre haverá um momento de atrito, que exigirá dessa família ponderação e equilíbrio, a fim de que o clima de paz necessário a uma boa convivência se crie ou se restabeleça.

Embora Jesus refira-se, de modo geral, à macro família planetária, Sua recomendação é dirigida a cada um de nós que compomos nossos lares, nossos grupos de trabalho, mormente aqueles que têm, como objetivo, estender as luzes do Seu Evangelho para o engrandecimento de cada ser humano.

Como nos encontramos em um planeta em trânsito, de expiação e provas para o estado de regeneração, colocamo-nos em uma faixa estreita de transição, ou seja, em um divisor de águas. Não podemos nos esquecer da grande importância da família como instrumento mor de aparar as farpas que construímos juntos de reencarnação em reencarnação. O tempo é curto, muito curto mesmo. È preciso entender que ainda não acordamos para a emergência do resgate dessa humanidade, a fim de merecermos a grande mudança que a Terra, esta bendita mãe que nos tem tolerado pacientemente por milênios, irá passar, a fim de que uma nova humanidade surja, uma humanidade redimida para encetar a caminhada para aurora do espírito.

O grupo familial é o melhor caminho para a redenção. Daí a magnitude da convivência entre seus membros. Jesus dá a receita precisa que os tempos modernos só hoje estão adotando entre grandes grupos de trabalho: as reuniões onde se decidem as pequenas e grandes causas, ou seja, com o nome moderno de democratização das decisões, para que não haja descontentamento e injustiça e, principalmente, o amadurecimento espiritual. No Japão, há uns trinta anos ou mais, surgiu uma teoria denominada Teoria Z, que deu margem a que todos os membros de determinada empresa participassem das decisões, desde as menores às maiores. A partir daí muitas outras iniciativas semelhantes surgiram no mundo, permitindo melhor qualificação dos recursos humanos e, consequentemente, maior rendimento dos seus produtos.

Todavia, é principalmente no lar que se deve aprender uma convivência humana mais esclarecida, amorosa e equilibrada, para que o respeito ao outro seja exercido com responsabilidade. Para tanto, o Mestre Jesus forneceu há dois mil anos o modelo a ser seguido, e ao que tudo indica não lhe demos muita atenção. Haja vista o autoritarismo que reinou durante esses dois milênios, a começar nos lares, onde os filhos e esposa não tinham a menor voz, tendo no pai verdadeiro déspota. Com a evolução das ideias democráticas, o caminho inverteu-se, e quem está governando a família, hoje, são os filhos.

É natural a guinada de um polo ao outro, como no pêndulo das balanças antigas, para se voltar ao ponto do meio que é o do equilíbrio. Para haver esse equilíbrio nas relações entre familiares, é preciso que esse lar adote o que Jesus aponta como solução: reunião em família! Ora, que melhor reunião que aquela que é praticada com o nome de CULTO DO EVANGELHO NO LAR? Nela, decide-se sobre tudo o que for importante para o bem de todos, e resolvem-se os atritos que por acaso ocorram, provocados, naturalmente, pelas imperfeições de cada um de seus membros, como por exemplo, a dissidia derivada do egoísmo, da inveja, da vaidade, da preguiça, da irresponsabilidade, e outros tantos “pecados” capazes de provocar contendas que podem inviabilizar o lar.

Poderia haver algo melhor para a educação dos espíritos encarnados que reuniões onde fossem colocadas, amorosamente, as questões a serem esclarecidas e resolvidas com base no Evangelho? Do meu ponto de vista, podem haver outras formas mas, a melhor e mais eficaz, para esclarecimento do espírito, é sem dúvida nenhuma o CULTO DO EVANGELHO NO LAR, onde toda a família encontra os recursos espirituais para solucionar os problemas de cada um. Sem ele, o espírito invigilante, cedo ou tarde, vai ter de carpir a dor, as agruras da vida, mais dolorosamente, porque estará mais só. Corações bem formados tiveram, com toda a certeza, uma boa orientação familial em alguns dos lares por onde passaram vidas atrás. Não nos descuidemos, pois de cultivar em nossos lares a delicadeza no trato, a observância do respeito ao outro, o carinho e o espírito de cooperação, a atenção aos preceitos evangélicos, se quisermos ter um lar onde haja amor e paz. O estudo do Evangelho em família, se bem orientado, é o mais belo e o mais efetivo meio de nos direcionarmos para Deus.

Teresinha Rosa Cruz

. Para haver esse equilíbrio nas relações entre familiares, é preciso que esse lar adote o que Jesus aponta como solução: reunião em família!

http://paulodetarso.org.br/convivencia-familiar


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