Fonte: Visão espírita - Por: Fabiano Possebon

Todos os seres vivos exercem atração entre si através da Lei do Amor.

Nós aqui nascemos (ou renascemos) justamente para fazer florescer este nobre sentimento: o amor incondicional. É preciso também fazer germinar a parte intelectual e moral. Agindo assim, estaremos dando passos largos rumos à perfeição.

O amor é despertado dentro do seio familiar.

Claro está que hoje temos objetivos mais amplos do que aqueles que tínhamos, por exemplo, na Idade Média.
Naquela época, a vida era monótona, tudo era predeterminado. Tudo, tudo mesmo, ficava circunscrito ao casamento (muitas vezes, arranjado), criar os filhos e trabalhar.

O nosso lado instintivo ainda predominava bastante.

Hodiernamente, já se planejam as gestações, o número de filhos que se deseja ter. Agora é possível se dar mais atenção às necessidades dos filhos. Pelo menos, deveria ser assim… Mas, coisa incrível, né?! Quantas oportunidades são perdidas!!!

Muitos genitores, infelizmente, suprem a sua ausência, sua indiferença, com excessos de zelos e mimos para com as crianças. As cumulam de presentes, mas fica faltando o principal, que é carinho e afeto. Eles erram muito agindo assim.

Outra coisa – trabalhar é uma necessidade, mas não se justifica o distanciamento que certos pais apresentam, a barreira que criam em relação aos filhos. Justificam o seu distanciamento culpando o excesso de trabalho.

O que devemos ter em mente ao educar nossos filhos? Temos de dar amor, carinho e respeito e ensiná-los a agir assim também, agir assim em relação a todo mundo.

Impor limites também é muito importante, mas nunca esquecer de dar-lhes liberdade para fazer escolhas. Precisamos deixá-los livres para viver.

Incentivo, reforço, não devem faltar nunca. E o respeito mútuo? Isto nem se fala, não pode faltar jamais.
Precisamos acompanhar nossos filhos, a uma certa distância (qual seria esta distância? Cabe a nós descobrirmos isso), sempre atentos para poder ajudá-los quando precisam de nós.

Faz-se mister estarmos cônscios da nossa missão de paternidade. Ela é sim uma missão (como não?!!!)
É o que lemos no “Livro dos Espíritos: “(…) Os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver o (espírito) de seus filhos através da educação; para eles isso é uma tarefa: se nela falharem, tornar-se-ão culpados”.

É importante os pais darem uma orientação religiosa às suas crianças? Acredito piamente nisso. Muitos falam para os filhos escolherem uma religião, quando forem um pouquinho maiores ou senão quando adultos. É um erro, faltando esta orientação, infelizmente, podermos topar com adultos sem fé, materialistas, desorientados. Pode ser esse o resultado de nossa incúria.

Os pais precisam dialogar com os filhos. É preciso ouvi-los, trocar opiniões, respeitá-los, conversar sempre sobre sexo, por exemplo.

Qual seria o momento certo para se falar de sexo? Na verdade, não existe este momento, ele tem que acontecer sempre e de modo natural. Porém, claro está, sempre respeitando o grau de entendimento, de maturidade do filho. Desgraçadamente, o que observamos é que há genitores que mais parecem estar disputando com os filhos e não convivendo de forma harmoniosa. É uma pena!

Somos todos espíritos em evolução, esta é uma verdade incontestável. Desse modo, pais e filhos têm muito o que aprender um com o outro. Somos, enfim, todos irmãos palmilhando a mesma senda evolutiva.

Precisamos nos conscientizar de que estamos na condição de guardiões temporários de espíritos, espíritos esses que trazem dentro de si aprendizados, vivências, valores adquiridos ao longo de sucessivas existências, e que estão, assim como nós, evoluindo, a caminho da perfeição. Pode ser (por que não?!!!) que eles sejam até mais velhos do que nós.

Dr. Francisco Cajazeiras, célebre médico, orador e escritor espírita, em uma palestra sobre esse assunto, assim terminou sua fala: “Do amor que germina em razão do viver, a magia está em descobrir, através desses momentos, o ponto máximo do sentir, alinhando coração e mente. Somente assim estaremos dentro da mais perfeita forma de entender o fascinante significado da Vida…!”